11.5.04

Segundo opositores, um dos riscos da engenharia genética é o fim da humanidade como uma única espécie: as diferenças entre os indivíduos seriam tão grandes que não poderíamos mais fazer afirmações que abarcassem todos os seres. Concordo com o princípio da afirmação, mas enxergo em tal fragmentação justamente o cumprimento da promessa de autodeterminação que caracteriza os seres humanos.

De qualquer maneira, parece que nem precisamos alterar nada para uma humanidade mais múltipla do que tendemos a acreditar que ela seja, basta examinar mais de perto. A neurodiversidade é um exemplo. E pode apostar a maioria dos mutantes vai escolher suas diferenças como principal critério de inscrição identitária.